"O dia em que te esqueci" foi certamente um dos melhores livros que tenha lido.
Começa com um poema de António Franco Alexandre:
"Na lista dos teus fins, venho no fim
de uma página nunca publicada,
e é justo que assim seja, embora saiba
mexer palavras, e doer de frente,
e tenha esse talento conhecido
de acordar de manhã,
dormir à noite,
e ser, o dia todo, como gente,
nunca curei, nunca previa, a lepra
nem decifrei o delicado enigma
da letra morta que nos antecede.
Por muito te querer, talvez pudesses
dar-me um lugar qualquer mais adiante,
despir-te do pudor por um instante
e deixá-lo cobrir-me como um manto."
Bem, este livro é uma carta na primeira pessoa, e por ser tão breve e de fácil leitura capta o interesse de qualquer pessoa que por alguma razão na vida, possa rever-se nestas linhas.
Acaba bem, como acontece na vida. E o bem nem sempre é aquilo que possamos pensar querer, mas sim aquilo que é o melhor para nós!
"- E AQUILO O QUE É?
- UM SONHO. UM SONHO MECÂNICO. DEIXEI-O AÍ PARA ME LEMBRAR QUE TAMBÉM AOS SONHOS OS DEVORA A FERRUGEM. A FERRUGEM NUNCA DORME."
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